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Jorginho afasta identificação com Palmeiras e pode afundar adversário

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Jorginho afasta identificação com Palmeiras e pode afundar adversário

 

Ele nasceu em São Paulo e, no início da década de 90, foi ídolo do Palmeiras como jogador. Como técnico, trabalhou nas divisões de base do clube paulista e comandou a equipe principal em 2009. Foram sete jogos, com cinco vitórias, um empate e uma derrota.

A identificação existe, mas hoje, a partir das 19h30, em Pituaçu, Jorginho vai deixar o coração de lado. O comandante do Bahia já avisou que não tem nada a ver com a atual situação do Porco, 18º colocado na tabela, com apenas 26 pontos.    
Em caso de triunfo, o Esquadrão abre 12 pontos para o adversário direto na luta contra o rebaixamento e, de quebra, deixa o alviverde muito perto da Série B. “O Bahia não vai rebaixar ninguém. Os jogadores vão defender o clube com unhas e dentes. Nosso objetivo é honrar essa camisa como sempre fizemos”, avisa o treinador, confiante em sair com os três pontos.
Há pouco mais de um mês, quando Felipão foi demitido do Palmeiras, Jorginho recebeu uma proposta para assumir o time paulista. O técnico admite ter ficado um pouco balançado com o salário oferecido: R$ 500 mil por mês.
“Com o que eles me ofereceram, poderia me aposentar em dois anos. Precisamos do dinheiro, mas ele não é tudo na nossa vida. O mais importante é o prazer de estar trabalhando num local onde as pessoas reconhecem o seu esforço”, revela ele que, desde a recusa, comandou o Bahia em seis jogos. Foram duas vitórias, um empate e três derrotas.
Jorginho, que na época deixou a decisão nas mãos da diretoria do Bahia, foi enfático ao falar sobre o duelo de hoje contra os palmeirenses. Ainda fica balançado? “Se não mexeu antes, vai mexer agora?”, responde ele, na lata.
A opção de continuar no Fazendão fez o treinador de 47 anos conquistar o respeito dos jogadores. O meia Gabriel faz questão de elogiar o comportamento de Jorginho. “Ele disse que nunca viraria as costas pra gente. É uma pessoa de uma personalidade incrível, que preferiu continuar aqui. Corremos por ele”, garante o garoto da base.
No último treino antes da partida decisiva, o técnico teve os mesmos hábitos de sempre. Conversou por mais de 30 minutos com os jogadores relacionados e, depois de assistir ao tradicional ‘rachão’ do banco de reservas, dedicou o tempo restante para trabalhar com os ‘excluídos’: Coelho, Mancini, Ciro, Júnior, Caio.
RESPONSABILIDADE
O treinador parece mesmo ser especialista em ganhar a confiança do elenco. Apesar da série de três jogos sem vitória incomodar, Jorginho chama a responsabilidade e tira o peso dos boleiros. “Se o Bahia ganha, são eles. Se perde, pode botar na conta do treinador”.

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